O QUE QUER DIZER NORMAL?
- Categorias Blog, Psicologia, Saúde Mental
- Data 15 de março de 2019
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“Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual (...)”
A normalidade há tempos vem sendo uma problemática para humanidade, afinal, é a partir
dessa ideia que se delineiam, principalmente no campo da saúde mental, o que saúde e
doença, ou seja, o que é normal e o que é patológico. Contudo, essa distinção é bastante
imprecisa, ou seja, não é fácil distinguir o que é normal e o que é anormal, pois, muitas
vezes caímos no campo da subjetividade, dessa forma, o que pode ser normal para mim
pode não ser para outra pessoa e vice-versa.
Você pode não ter percebido, mas, desde do início desse pôster já nos referimos a dois
critérios de normalidade, o que mostra mais uma vez que a normalidade não é algo tão
óbvio assim. Vejamos:
Logo no início, começamos com um trecho de uma música de Raul Seixas (maluco
beleza), esse trecho evidencia uma normalidade estatística/quantitativa, dessa forma,
a normalidade é sinônimo de comum, ou seja, é normal aquilo que encontramos mais
comumente numa sociedade.
O outro critério de normalidade, que sem querer querendo já vimos, é o critério
subjetivo. Nesse critério, como o nome já diz, é normal aquilo que eu julgo ser normal,
assim, o que pode ser normal para uma pessoa pode não ser para outra.
Um outro critério de normalidade é o qualitativo, ou seja, é aquilo que é adequado a
determinado padrão funcional, considerado ótimo ou ideal numa determinada sociedade,
este critério geralmente está assentado em normas socioculturais.
Enfim... seja qual for o critério de normalidade adotado, todos são insuficientes e
problemáticos e não abarcam a complexidade da existência humana.
Referência bibliográfica: CUNHA, Jurema Alcides. PSICODIGNÓSTICO-V . 5 ed. rev. e ampl. – Porto legre: Artmed, 2007